03 noviembre 2010
Menina chinfrineira
Ele diz que sou chinfrineira. Chinfri, quê? Que faço barulho, algazarra, berraria. E eu revejo-me nessa chinfrinece. Às vezes queria ser diferente. Mais calada, mais dócil, mais observadora. Às vezes contenho-me e sinto-me estranha. Diabo, sai deste corpo! E volto àquela menina histérica, à voz alta e movimentos desengonçados. Falando por braços, cotovelos e mãos. E alguém reclama. Torço o nariz e reviro os olhos. Então vem o outro e diz que tenho de controlar o mau humor. Que não posso chatear-me tanto, blablablá. E eu aproveito e reclamo dessa critica. Que sou assim, que se gosta gosta, se não gosta, sai da frente. E então fui bruta e chamam-me “borde”. Para me defender explico-me. Rio-me da situação, dou abraços, beijinhos e gritinhos. E, que surpresa, estou de volta à menina chinfrineira.
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1 comentario:
Nao nega o sangue italiano nas veias :)
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