13 diciembre 2006

Van Musschenbroekenstraat

Com duas (duvidosas) horas de sono e malas superlotadas de casacos, luvas e expectativas, encontraram-se naquele aeroporto envidraçado os dois amigos de nome de girafa.
O autocarro que tardava e apressava-se, a mala que teimava em pesar, o museu que anunciava fechar, o comboio que nos falava em estrangeiro. Todas as condicionantes necessárias estavam reunidas para o início de uma história que seria, no mínimo, polémica.
Adicionado mais um amigo ao grupo, e introduzidos os crepes de Nutella, viagens de comboio, narizes vermelhos, colchões de ar e simulações fotográficas, tornaram-se um trio inseparável de conversas sonolentas, bolos com sementes, gargalhadas intermináveis e uma cumplicidade que irritava.
A chuva não era um problema, nem o café de 2,50, nem o inglês enferrujado, nem o horrível gosto da cerveja. As conversas desenvolviam-se entre línguas e más-línguas, fofocas e coscuvilhices, judicios de valor (não) precipitados e historias, muitas histórias. O Ocean 12, qual criança mimada, fez birra e quis entrar na nossa história. Entranhou-se na nossa música de parabéns, na nossa sessão de cabeleireiro, nas aulas de salsa e na experiência de pauzinhos com o yam-yam.
Mas o que seria desta aventura sem o milagre do pão e os encantos das batatas fritas; sem os chupas verdes e os cobertores que se multiplicavam no quarto? O que seria da nossa história sem tartes de maçã, panquecas aquáticas, pizas com pimentos saudaveis e guerras de bolas coloridas?
Eu não sei mas ouvi dizer, que a van musschenbroekenstraat não vou tão cedo esquecer.

3 comentarios:

Anónimo dijo...

Obrigada por virem. Obrigada por espreitarem o meu pequeno recanto de mundo irreal. Obrigada plas gargalhadas debaixo de chuva e plo caos no meu quarto. Asstraat 100 espera por uma nova visita =,) desta vez com as batatas fritas "in town" ;)

Anónimo dijo...

É inverbalizavel a amizade e empatia que se respirava na atmosfera holandesa. Tempestades a fio, choviam épicos momentos. Nos ultimos dias água tb, mas isso pouco importa. Diz o blog que o autor deste comentario é um tipo "anonymous".
Sorte minha, para algumas pessoas anonymous é algo que nunca serei e voces sao um optimo exemplo disso.

Nunca anonymous, sempre explicitamente eu. Eternamente melman.

Fátima dijo...

oh! saudades de sabor a santini na baía de cascais...