21 agosto 2007

Lady in Blue

O mar estava em reboliço. Vagas e crianças histéricas faziam uma sinfonia enjoada que derretia o sol escaldante. Eram ondas e ondas de libertação suprema.
Nadámos até ilhas desertas, almoçámos manjares dos Deuses, rimos e saltamos na velocidade inumana de plásticos flutuantes.
Partilhámos planos de futuro, fugimos dos olhares inquisidores, fizemos juras de amizade eterna.
A cabeça girou ao som da música indigente, o pé ficou descalço e sujou-se de areia nocturna. Caímos e levantá-mo-nos, corremos e desacelerámos, brincámos às celebridades e na cama, as lágrimas voltaram a cair.
Mas quando o dia nasce de novo, vem com ele o sorriso da união. Somos um só. Sempre fomos, desde o início.
Somos família de sangue fictício. Somos olhares e diversão garantida.
Somos gritos de encorajamento, somos viagens a quilómetros alucinantes, somos partidas e somos preguiça.
Para fugir do vendaval da praia, escondemo-nos em tostas de queijos e enchidos, em eleições americanas e estrelas cadentes. Porque as férias são assim. Há um pouco de tudo.

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