Noite.
Noite vagabunda, irresponsável, secreta.
Vivo e respiro para ela. Para aqueles arrepios escondidos debaixo do cobertor. A luz artificial que faz brilhar os momentos históricos de revelações estonteantes. O zumbido constante intercalados com o soluçar da máquina. Melodia nostálgica de situações precárias.
Os minutos arrastam-se no seu vagar preguiçoso. As horas, diamantes lapidados na perfeição. Vem, chega rápido. Pingos de águas caem do tecto e a tortura começa a ensandecer-me.
Já está quase ai, tem calma.
Imagino, com sorriso desbotado a pauta do dia. As risadas e as trevas, o esconder e o proibido. Talvez um ensaio do grande clímax. Não, talvez precise arranjar o cabelo, ou aprontar o quarto.
O melhor é ver se está tudo a funcionar.
Já vejo estrelas.
Parece que hoje não haverá Noite.
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1 comentario:
E era uma vez uma menina que não gostava de sair à noite até ir para Itália...
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