Vivo num labirinto claustrofóbico de tectos altos e janelas compridas.
Sou anã em busca de um pé de feijão, de uma janela de onde possa laçar as minhas tranças.
Dizem-me para usar saltos, plataformas, riscas verticais. Nada funciona. Existem também aqueles tratamentos que se fazem às crianças. Mas já passei dessa idade. É pena.
Outro dia lembrei-me que talvez, se eu comesse uma dose cavalar de fermento e me enfiasse no forno, podia ser que aumentasse.
O Joãzinho e a Mariazinha só cresceram para os lados. Mas cresceram. É isso que importa. Alguém conhece uma casa de doces com uma bruxa avarenta?
Sinto-me formiga à volta do açúcar, melga a sugar o sangue doce. Preciso crescer.
Extravasar o mundo, bater com a cabeça no tecto, andar corcunda de tanto olhar para baixo.
Logo eu que sempre fui a mais alta da turma.
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2 comentarios:
ainda no outro dia pensei "a marina n deve ter problema em ambientar-se la no trabalho, é tão alta e sociável" n és nada pequena oh :P
(esta cena ainda tá em italiano? ahaha és mesmo croma :P)
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