18 noviembre 2008

Naquele banco de jardim

Hoje tive saudades de me sentar num banco de jardim. De me sentar, bem juntinho, naquele banco de jardim. E lembrei-me.
Lembrei-me de ficar em silêncio, apreciando o momento. Dos beijos que nunca contei, do roçar das mãos que só eu senti. Lembrei-me daquela primeira jura de amor. Eterno.
De como a chuva era a pior inimiga das relações. Das longas caminhadas ao frio de mãos entrelaçadas. Muito antes de existirem os carros.
De um jantar em um fast-food de centro comercial. Do quanto sonhava com esse momento de hambúrguer. E como era romântico. Aprender a dar as mãos no cinema. Devagarinho. E, quem sabe, às vezes, dizer um segredo ao ouvido. Arrepios.
Dos beijos eternos. De abrir os olhos e a paisagem já ter mudado. Radicalmente.
E hoje tive saudades dos amores escondidos. Daqueles que nunca contei. De me deitar na cama, num grande suspiro, e sonhar.
Sonhar com um banco de jardim. E um alguém, quem sabe.
Mas agora cresci e as casas têm aquecimento central. Já não é preciso passar frio.

1 comentario:

Fátima dijo...

ooooooh. aai, adoro quando és assim lame =)