De repente toda a sua vida transformou-se num eterno escavar na areia. Um buraco mais e mais profundo que o asfixiava gradualmente. Uma cova sem fim, que a cada movimento o soterrava um grão mais e o aproximava da fatalidade que vinha omitindo há tanto tempo. Ao dar-se conta, as palavras morderam-lhe os lábios, as lágrimas e os soluços escaparam dissonantes em resposta. Saiu como um louco daquele buraco e instalou-se num cubículo qualquer.
Ali a vida era mais segura. Ali, podia menosprezar os penosos degraus da escadaria da aprendizagem e as regras mais elementares de uma grandiosidade futura. Ali podia passar os dias entre lágrimas e pensamentos. E se falhasse, não teria grande relevância porque, pelo menos, não tinha sequer tentado.
06 mayo 2009
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