Não és tu, mas a ideia que criei de ti. São as memórias que cozinhei longamente no meu caldeirão de momentos fingidos, que encenei e estreei naquele palco que, de tanto sonhar, tornou-se parte de mim.
Não és tu, são os filmes que vejo e a poesia que imagino ler. É este mundo em que para cada amor há uma esquina, para cada casal, um anel perfeito, para cada dois, um só coração.
Não és tu, é a minha a minha fúria contra o mundo quando descubro que ele não obedeceu às minhas ordens. Incompetente! Que os pincéis que lhe comprei não pintaram o quatro encomendado. Que não existem pincéis.
Não és tu, são os clichés impossíveis de evitar.
Não és tu, sou eu.
12 julio 2009
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