Mais um dia daqueles. Outro, outra vez, outro. E só ontem me passou pela cabeça que deveria começar a colecciona-los.
Que ideia genial.
Guardaria o adeus numa caixa azul com um grande laço de cetim. Já tenho acumulados tantos, muitos, demasiados. O "eu venho visitar-te" de choro engolido e de choro chorado. O "gosto muito de ti" de abraço apertado que estala os ossos. Aquele "eu ligo-te quando chegar" que leva um olhar e um beijo que jamais esqueceremos. O "até sempre" contado e recontado em noites de ronha debaixo da manta no sofá.
Ficaria rica de tantos "vou ter saudades" e, quando me entregassem um prémio em honra à minha invejável colecção, perguntar-me-iam:
- Como conseguiu chegar a esta quantidade de despedidas?
E então eu diria, orgulhosa:
- É o resultado de uma vida saltimbanca.
Pose. Flash. Troféu na estante.
Parece-me um prémio merecido.
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1 comentario:
Mas como no Cirque du Soleil, onde chegas traz alegria, um sorriso!
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