E de repente estávamos ali, em plena saída do liceo, em pleno “aina men, bueda louco”, em plenas duvidas existências. Porque se ele gosta de mim, mas eu gosto do outro, e o outro gosta dela, então ela no fundo gosta mesmo é do que gosta de mim. Portanto a vida não tem sentido. Existência injusta. E partimos para a ignorância. Bebemos álcool barato e fumamos dois cigarros com uma postura de “quem é que manda aqui?”. Pegamos no primeiro da esquina e buscamos-lhe uma qualidade. De preferência que seja giro, de boas famílias. Mas se aperta o desespero não faz mal, serve que seja mais velho, que, sei lá, conheça os RPs das discotecas. Pronto, está bem, não sejamos tão exigentes. Que tenha um carro, basta que tenha um carro que um chauffeur, precisa-se. Até que um dia pegamos nesse carro, no dito carro do chauffeur improvisado e perdemo-nos no mundo. Fazem-nos uma surpresa adolescente e quando nos damos conta estamos ali, com dores nas costas, sorriso derretido e abraço apertado. Pensamos, preciso arranjar outra desculpa para gostar tanto dele. A do chauffeur não está mais a colar.
Gloriosos tempos de adolescência.
Suscribirse a:
Enviar comentarios (Atom)
No hay comentarios:
Publicar un comentario