Um veneno aqui, outro ali; uma piada mais maldosa, um sorriso mais forçado e começam as separações. Do casamento perfeito, sorridente, interesseiro e solidário, surgem os filhos e as discórdias. As reviravoltas nos olhares, os músculos contraídos, as rugas do futuro.
Não me queria casar, já tinha avisado. Impossivel. A pressão é muito grande, todos perguntam, pedem, exigem incessantemente a aliança no dedo e o compromisso eterno. Como ovelha branquinha, lancei o buquet para nenhures e apostei no caminho mais difícil. Farejei mais uma vez. Instinto.
De passado duvidoso de drogas, álcool, teatro e boinas pretas. De presente assustador e irritadiço onde quem fala mais alto é quem ganha e onde as certezas chovem e inundam as praças vazias plenas de cheques rasgados. De futuro, só um sonho.
Amizade interesseira, disse para mim mesma.
Uma criança mimada e birrenta que chora todas a manhãs e grita por socorro. Um filho pequenino e estridente que põe um fecho éclair na boca mal lhe digas que não. Um bebé amuado que se gaba das suas ideias vanguardistas e faz queixinhas se não o deixamos ser o super herói da festa.
Por favor não apanhem aquele buquet... Era tudo uma farsa. Não comas as flores, tinham veneno.
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2 comentarios:
Aiiii que a Madrinha tem um blog e eu não sabia de nada! =|
brrr...até me deu um arrepio...
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