Acordei com os ponteiros ao contrário. O horário media umas horas estranhas e as ramelas desprendiam-se so-no-len-ta-men-te do cantinho dos olhos. Caiam águas despertadas na almofada e aquele grito de pássaro denunciava o sol. Quando abri os olhos vi fantasmas a passearem-se no quarto. Falavam comigo na língua das preguiças e afofavam a almofada para descansar melhor. Pescava sonhos acordados de olhos quase epilépticos, quase despretenciosamente reais.
À esquerda a parede. Faz figas, rezas e macumbas. Espreme as rugas da cara.
Mas à direita estava o cobertor de leopardo e o lenço perfumado.
Mais uma vez um sonho.
Quem sabe um dia tudo volte a ser real.
Suscribirse a:
Enviar comentarios (Atom)
2 comentarios:
sim!! em janeiro!
Quem sabe? Eu sei.
Publicar un comentario