E lá estava eu naquela terra escorregadia de temporais com estradas invisíveis.
Os pés afundavam-se em ritmo de marcha fúnebre e as botas novas gritavam desesperos de lama.
Isolei-me cada vez mais naquele redemoinho de terra molhada. Cobarde, não conseguia chegar ao meio. Àquele ilhéu de equilíbrio perfeito. De contos de fada e jaulas para anelídeos.
O cobertor já não servia para esconder as ideias espinhosas. Era um tudo ou nada que assustava. Um lacear, como bota de couro usada. Um ceder que não pertencia ao dicionário.
E naquele dia. Dia de tempestade lasciva, veio a revolta e as palavras temidas.
Era tempo decisões.
Afoga o orgulho, ensopa os pés.
Chegou a hora de atravessar.
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