A barriga espremia-se num ranger que incomodava. Pela cabeça passavam filmes de terror e segredo eterno. Por que submeter-me a tamanha humilhação?
Berros de garganta arranhada. Corada de calor interno. Flamejante. Não sabia onde colocar todas as noites de lágrimas e frases atabalhoadas, as manhãs preguiçosas de bolhas que sangram nos pés.
A sensação de impotência. Ela falava, com o seu buço por fazer, da desintegração social dos pobres. Expressão feita. Tão oportuna. Também queria ter um bigode e as sobrancelhas desalinhadas, nunca ter tido namorado e voltar para casa por saudades da família.
Mas passou. Fiquei-me pelo que “pessoalmente, eu acredito” e pus uma roupa confortável. Sentia a sua cabeça a pensar melhor que a minha e as suas escolhas invejavelmente mais acertivas.
Eu era uma amadora.
Dizem que só os números podem ser pares ou ímpares. Mas eu não sou japonesa e sempre me dei melhor com letras. E esta letrinha, todos sabem que é impar.
Conheço uma boa esteticista, se quiseres dou-te a morada.
Suscribirse a:
Enviar comentarios (Atom)
2 comentarios:
Marinazinhaaaa.
Passei para mandar um beijinho.
Está tudo bem ctg?
Bjssss
Ricardo Pedro
Ia dizer "olá" no msn, mas já não te apanhei...
**
Publicar un comentario