Foi uma noite de danças pelas calçadas escorregadias, de gritos encostados a paredes molhadas, de abraços e apertos que não queriam mais largar.
Foi-se um manjerico e veio outro ao som da música com cheiro a sardinha assada. Aquela que se canta bem alto, com um copo cheio a transbordar para as mãos. Tropeçávamos, sem querer, em pés conhecidos. Um abraço, uma jura de amor eterna, um adeus de data indefinida. E íamos caminhando, como quem vai pela vida sem destino, à procura de mais rostos, de mais histerismo, de mais conversas confessadas num degrau de uma escada qualquer.
Por momentos o mundo parecia uma dança de multidões. Tão barulhento, tão confuso, tão dramático…
E os gritos e as lágrimas, os empurrões e os insultos, as promessas e os segredos, ficaram escritos naquelas esquinas embriagadas, naqueles olhares perdidos pelas ruas sem nome da nossa cidade. E serão esquecidos até ao dia em que, entre dois copos ou três mais, alguém relembre aquele dia em que…
O dia em que, diz a lenda, se celebra a melhor noite do ano.
O dia em que, mais uma vez, a profecia voltou a cumprir-se. Mas desta vez, sem casamentos.
17 junio 2009
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5 comentarios:
tipo alto sorriso, tipo lágrima no canto do olho, não sei bem decidir
viva a sangria!
1º -nunca levem a Fátima para o Santos: perde-se logo de vista.
2º -nunca deixem a Marina beber nos Santos: perde-se logo de vista.
3º -nunca deixem a Inês "descansar" nos Santos: perde-se logo de vista.
4º -Nunca deixem o Pedro por a camisola na cabeça nos Santos: parece um galo/freira.
Duh: Parece um FRANGO!
LOLOL mas eu perco-me em qualquer lado! ahaha
é sempre uma noite confusa, mas boa =)
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