Se calhar ainda somos aquilo que erámos, dizes tu. Uma espuma do passado, um restinho de chocolate no fundo da caneca de Cola-Cao. Se calhar é só porque não sabemos ser diferentes (que desculpa tão apetecível), ou talvez seja porque estamos acomodados, sedentários, rotineiros, medrosos, digo eu.
É mais fácil esconder-se na exteriolidade do nosso problema, na felicidade fácil e superficial, no tempo como salvador do mundo, diz uma voz sábia de por aí. Preferimos evitar os caminhos espinhosos de uma vida nova, fugir da responsabilidade de um ser solitario, buscar no antes uma justificação para o agora, uma esperança para o depois.
Diz o povo que passado vive no museo e que o futuro a Deus pertence. Mas, o presente, o que se vive e não o que se oferece, não devería se tão planeado, pensado, dissecado e digerido, dizemos os dois como forma de auto-convencimento. E, enquanto continuamos a viver neste limbo intemporal, vamos representando as cenas felizes daquele guião de antigamente, dizes tu e eu confirmo.
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1 comentario:
Fiz um comentário hoje cedo mas fiquei mesmo com aa impressão de não ter sido enviado.
Naquele disse que Parabéns era uma palavra muito superficial para dizer o que havia sentido.
A melhor palavra, já que temos que usar uma, é Muito Obrigada pelo teu texto.
Vou ver se agora começo a acompanhar tua carreira mais de perto.
Um grande abraço
Vera
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