25 noviembre 2007

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Planos equívocos em calendário incertos, dúvidas e ilusões que atormentam o pensamento. Os dias riscam-se e o relógio alerta: o futuro é um monstro sem face e violento.
Os meses rastejam numa agonia inesperada, remoem os órgãos e embaciam os cabelos. Os olhos, coitados, são os que mais sofrem. Eles e a sua visão futura incompleta.
O pensamento torna-se algo impuro. É difícil contornar suas viagens. A luz falha, seca e faz birra. Resiste. E hoje brilha num tom mais forte.
Todas as caras que vejo são dela. A luz que se esconde atrás das escadas, que grita por socorro com olhos de malária, que teima, teima, teima mas não pára.
Em cada dia e cada noite, o duelo se intensifica, os soldados se agridem e os heróis são condecorados.
Os mortos e os feridos recuperam-se. E as chamas permanecem ainda inabaladas.

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