Eram sentimentos desnorteados, que caminhavam sem rumo pela cabeça latejante.
Uma vontade de fugir.
Chega ao quarto, pega na tua mala, enfia uma roupa qualquer (porque naquele mundo não é preciso secador nem duas calças de ganga) e não te esqueças do chapéu. Puxa as rodas e não ligues ao trolitar que fazem no passeio rasgado. Já estão habituados.
Não precisas disto, nem do sorriso forçado. Não precisas sentar e observar que não é ali o teu mundo. Basta correres até o ar ofegante te faltar. O movimento é simples. E se vires o mar, nada. Para que serviram 15 anos de aulas de natação?
Mas ali havia surpresas de passeios matinais, músicas novas decoradas ao descaso, bolo e balões que surgiam com bebidas flamejantes.
Havia o dormir despreocupado, as greves da faculdade, o intercâmbio aos doze anos, o movimento sem terra. O sol que batia devagarinho na pele branca e contava aventuras de adolescentes inconsequentes, confissões de estudantes excluídos.
Havia as mentiras e as discórdias, os dramas e o deixa andar.
E enquanto a certeza continuar a escapar-me pelos dedos, vou saltar em concertos electrónicos, comer quitutes australianos e conhecer a lojinha do senhor Fernandes.
- E ai Lusa? Não vai comprar nada?
Suscribirse a:
Enviar comentarios (Atom)
No hay comentarios:
Publicar un comentario