Nunca fui boa com passados. Persiste em mim certa dificuldade de entender o que já foi e o que ainda é. O presente arrasta-se numa lentidão de sinais proibidos, de linhas brancas riscadas no chão, de compassos de espera em músicas electronicas.
E a cada recomeço é impossível apagar o que fica para trás.
Ele surge e volta e escapa-se do armário onde o tranquei. O bichinho rói a madeira e esquiva-se das ratoeiras. Esconde-se em caras conhecidas e sentimentos familiares.
O ano está a chegar ao fim.
Com ele as listas e as cores simbólicas, as prioridades e os objectivos.
E o que é futuro e o que é presente? O que é futuro passado no presente anterior? As ilusões e os sonhos rodopiam a cabeça. A lama do chão desliza e faz cair.
Papel e caneta. Teclado e tela branca. Vamos lá.
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