25 enero 2010

De uma maneira muito estranha

De uma maneira muito estranha eu um dia me apaixonei. Assim, ao de leve, de mansinho, quase sem sentir. E por uma razão ou outra, o fardo recaiu sobre ti, tão tu mesmo nessa tua vidinha de ir e vir. Então meti-me no meio, revirei-a e amachuquei os cantos, fui comendo-a aos bocadinhos, até que um dia deu enjoo.
De uma maneira muito estranha eu um dia desapaixonei. E então perguntaste o que era de mim, o mim de antes, dos momentos, dos agoras para sempre. E eu pus cara de interrogação e depois de enfado. Perguntar ofende, sim senhor.
Caminhávamos para seguir caminhando e sorriamos para seguir vivendo e foi então que um dia, de uma maneira muito estranha, éramos amigos outra vez. Sempre soube que o nosso era um caminho sem retorno.

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