Olho para o azul e pergunto: Como sei que não vês amarelo? Sei lá, verde, roxo, castanho. Fixo-me bem fundo nos teus olhos. Penetro na retina e procuro respostas. Isto é azul!, digo-te, a-zu-l. E tu respondes que sim, que claro que sim, que aprendeste isso na escola. Mas não consigo evitar este sentimento misturado que me garante que sempre que falamos de azul estamos, no fundo, a viajar num degradé de tons cianos, numa escala indefinida de nomes e conceitos abstractos. Afinal, quem tem a paleta definitiva das cores? Quem é o Deus, grande mestre, das misturas coloríficas?
E de perguntona perdi-me pelo mundo dos tons, misturei-os todos e, estranhamente, deram preto. A professora tinha me dito que o branco era a resposta. Mas nunca o comprovei. Teorias.
E agora estou aqui, nesta vida de tons pastel onde o azul é só um conceito distante que gosto de defender como meu.
É azul!, digo, a-zu-l. E tu respondes que sim, que claro que sim, que aprendeste isso na escola.
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