Fugiste. Já tinhas avisado tantas vezes. Ameaçado, assustado, anunciado. Até que um dia, chegou o dia. Pegaste nessa tua vida desorganizada, nos teus projectos intermináveis, no teu registo do nosso passado e correste. Correste até cansar.
Criaste uma nova história para ti, a história que tanto quisemos criar juntos.
E o que ficou foi uma referência interminável às nossas piadas internas, uma menina chata que fala sempre do mesmo. Daquela viagem de pão e sol, dos concertos de pés da areia, daquelas tardes-noites de pipocas e gomas ácidas. Dos personagens que aprendemos juntos a idolatrar.
Mas eu sou menina mimada, !sabes disso como ninguém!, e queria que voltasses. Tu, e essa tua cara de pato alegre, a tua vozinha de manha perdida, e o teu jeito confortável de ser. Tu e os nossos filmes, as conversas quotidianas, o fui-ao-shopping-e-comprei-umas-calças-novas. Tu e as tuas idas ao shopping.
Eu sei que não vais voltar. Eu entendo. Mas esta é só a minha maneira desengonçada e politicamente incorrecta de dizer-te que fazes falta.
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