No parque há um baloiço.
Gira, roda, rodopia, embala-me no teu sorriso e no teu cheiro a planta queimada.
Fala-me de ti, conta-me as tuas histórias absurdas, mete-me no teu bolso (sempre desarrumado) e faz-me esquecer que há vida para além do baloiço e das folhas de Outono que caem.
Diz-me, com aquele sotaque só teu, que tudo vai acabar bem e que eu continuarei sempre a ser uma criança mimada que serpenteia pelas ruas e acaba sempre por esbarrar em ti.
Perguntaste-me uma vez, naquela tarde fascinantemente gelada à beira pó, se eu acreditava no destino. Pronto, estou agora a dar-te a oportunidade de confessares. Admite que tens boas relações com o homem fazedor de labirintos e que foi ele que te disse: “ei.. psst… vais tropeçar na vida daquela criança eléctrica e, com o teu jeitinho instavelmente cativante e surpreendente, conquista-la”.
E, no fim, o homem acrescentou: “ E sempre que ela estiver triste, leva-a a andar de baloiço”.
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1 comentario:
É o António?
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