Voltar e pousar na frágil pétala de rosa que se desfaz com a ponta dos pés.
Quero ser borboleta e planar nos rios, voar por entre montanhas de árvores outrora descascadas e que agora dão frutos coloridos. Crescer e aprender que tudo se vive uma vez.
E uma vez só.
Reviver é uma utopia inútil que nos acalenta as noites de dúvida e insucesso.
Não há viver de novo nem voltar atrás no tempo. O mundo continua a girar com dias e noites sucessivas de gargalhadas e dores de barriga.
Mas fui. O que era meu perdeu-se no mar das memórias apagadas de imperialismo num reinado de ninguém
E quem foi não volta a pisar as terras sagradas. Não volta a misturar-se com a poeira encabelada do chão pestilento e pegajoso que cola na palma dos pés preta e suada de tanto andar.
Me voy de vez desta terra encantada onde o sorriso é um flash fotográfico eterno que dói nas covinhas de tanto esforçar.
Agora já não há lágrimas para relembrar, nem perfeição para reinventar. Gravei o meu nome numa parede azul e num espelho barato. Resta-me esperar que um dia o ciclo se feche numa requintada sinfonia de experiências alternativas.
Esperar que um dia alguém queira viver a minha realidade. Assim como eu vivi a deles.
E gostei.
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1 comentario:
se fores, leva-me a mim e à enes =)
tava a ver que nao postavas esta semana. é um vício
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