Foi um ano. Um ano em que todas as coisas planeadas antecipadamente saíram à sua própria maneira. Um ano em que de Janeiro a Agosto foi Verão. Um Verão molhado de lágrimas à distancia, de inutilidade perdida, de trabalho não recompensado.
Foi um ano de tristeza atenta e de êxtase europeu. De seleccionar para melhorar. Um ano de escolhas e de metas. Desta vez todas cumpridas.
Foi um ano que começou num sotaque e acabou em língua estrangeira. Em que se seguiu à risca as regras da vida de uma cidadã expatriada que foge em busca de soluções.
Um ano sem raízes, como me ensinaram a ser.
Foi o ano em que fizemos um ano.
Um ano de desgaste e escapadelas. De saídas, jantares e viagens. Foi um ano em que se duvidou mais do que nunca e, nos momentos certos, a certeza chegou.
Foi um ano em que o cinzento e o roxo estiveram na moda. Em que ir ao cinema ficou fora dos limites do orçamento, mas se descobriu a magia dos downloads ilegais.
Foi mais um ano em que durante as doze baladas ardia-me o escaldão, a sandália alta doía-me no pé e o ouvido latejava com as explosões de cor no céu. E na última badalada um grito histérico de felicidade, enquanto uma lágrima caía de um flash back de mais um ano.
“É emoção”. Daquele ano que já passou.
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