22 enero 2009

E depois lembro-me daquele dia em que fomos saltimbancos ciganos. Da areia da praia que se metia entre os dedos dos pés. Do acordar cedo e ficar a preguiçar. Juntos.
Lembro-me dos programas de domingo que nunca se repetiam, do pequeno-almoço das sete da manhã. Da palavra não dita numa noite de presentes.
Houve os jantares de cartão de crédito e aqueles que nunca chegámos a jantar. Os de comida descongelada e pão do supermercado.
Aquela gargalhada que te fez orgulhoso e o primeiro dia em que ajeitaste o meu cabelo. De quando saímos e não lembramos de ter voltado. Das vezes em que achámos melhor não sair.
E é então que me lembro de ontem. O dia em que deste tanto e eu tão pouco. Em que olhaste-me e eu fiz questão de desviar-te.
O dia em que me percebeste. E não deixaste de sorrir.
Apesar de tudo.

3 comentarios:

i dijo...

não sei bem se este texto me faz sorrir ou entristecer. estranho...

Francisco Maia dijo...

rochas teletransportadoras e quadro de ilusões ópticas. nómadas e farofeiros de luxo.

gosto muito de ti =)

Fátima dijo...

opá... =') quero escrever coisas destas!