E depois lembro-me daquele dia em que fomos saltimbancos ciganos. Da areia da praia que se metia entre os dedos dos pés. Do acordar cedo e ficar a preguiçar. Juntos.
Lembro-me dos programas de domingo que nunca se repetiam, do pequeno-almoço das sete da manhã. Da palavra não dita numa noite de presentes.
Houve os jantares de cartão de crédito e aqueles que nunca chegámos a jantar. Os de comida descongelada e pão do supermercado.
Aquela gargalhada que te fez orgulhoso e o primeiro dia em que ajeitaste o meu cabelo. De quando saímos e não lembramos de ter voltado. Das vezes em que achámos melhor não sair.
E é então que me lembro de ontem. O dia em que deste tanto e eu tão pouco. Em que olhaste-me e eu fiz questão de desviar-te.
O dia em que me percebeste. E não deixaste de sorrir.
Apesar de tudo.
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3 comentarios:
não sei bem se este texto me faz sorrir ou entristecer. estranho...
rochas teletransportadoras e quadro de ilusões ópticas. nómadas e farofeiros de luxo.
gosto muito de ti =)
opá... =') quero escrever coisas destas!
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