Tinha-o imaginado um sem número de vezes na minha cabeça. Era aquele discurso do sempre, da força, do desculpa e do eu também. Vinha embrulhado em papel de presente brilhante. Daqueles vermelhos com bolinhas brancas. Tinha um laço discreto e abria-se com facilidade. Lá de dentro saíam palavras com sabor a algodão doce. Mas não dos cor-de-rosa. Dos azuis, os mais raros. Palavras que se podiam comer ou só ficar ali, a contempla-las, enquanto se enrolavam à volta do palitinho.
E no fim deixavam aquele saber gostoso na boca. O sabor do quero mais, do pagava o que fosse para ter essa maquina em minha casa, do venda-ma por favor, imploro.
E então atende o telefone:
- Olá, desculpa, é que ‘tou ocupado.
- Ah, não faz mal, não era nada de importante, já falamos.
Era só uma história de palavras embrulhadas em papel brilhante. Coisas de crianças que ainda sonham com algodão doce. E ainda por cima dos azuis.
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5 comentarios:
eu gosto de algodão doce...
adoro algodão doce...
e devorei este texto como assim fosse... fiquei com vontade. no verão comemos algodão doce, eu a ines e a maga :P acho que já estavas no interail...
fiquei a colar neste texto.é que ontem tive um telefonema igual
isto não tem absolutamente nada a ver com o texto, mas agora deu-me vontade de rir ao lembrar-me de nós as três nas festas de tires hahaha a comer algodão doce e eu a dizer que queria uma pita shoarma da roulote :P
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