Às vezes o tempo pára. O bater do coração engana o tic-tac do relógio e tudo acontece lentamente. A porta não tem chave e o seu ranger é abafado por uma música de frio polar e primatas irrequietos.
Vamos viver nesse mundo.
Aqui não contam os problemas, as diferenças e as histórias passadas.
O aqui é um tempo abstracto onde os sons se transformam em conversa e os perfumes são gestos de meiguice disfarçada. Um momento em que a respiração arrepia os sentidos, estremece a pele e suspira baixinho: sim.
São sons agudos e sons confidentes. Sons gemidos de um abraço de conforto. É uma comunicação cúmplice, onde o silêncio faz caretas e festinhas.
Não há família, nem filhos, nem casamentos, nem alianças. Não há altar, nem vestido branco. Há um aqui. E um suspiro.
Tic-tac.
O sol nasceu e o tempo descongelou.
São horas de ir para casa.
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1 comentario:
chuinff...."horas de ir para casa" é expressão que eu mais detesto
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