28 septiembre 2007

desculpas desculpas e desculpas

É uma batalha constante de sins e nãos de perto e longe. Espadas que lutam com a volúpia de carícias escondidas, correntezas de murros e arranhões em mares onde o peixe é tubarão. Vem, mata, morre. Tortura-me com olhares e palavras, arrasta-me por esse rio de dúvidas e hesitações e consome-me, qual labareda resplandecente.
Somos todos poemas e sorrisos secretos, histórias e gestos cúmplices, palavras e gostos memoráveis.
Porque a distância é um cliché.
Ali tudo é possível e o sentimento é temperado num tubo de ensaio com água ocular e cabelos lambidos. É tudo tão perfeito quando o tempo é pouco e as coisas boas têm mais valor notícia. Elas explodem e circulam, cirandando pelo ar e mudando de cor à medida que o vento sopra baixinho.
E à distância é possível suspirar e deixar cair lágrimas de desespero feliz. E à distância podemos ser foleiros e lamechas e pegajosos e piegas e, finalmente, dizer aquelas coisas que soam alerta na nossa cabeça. Não interessa o sinal vermelho, nem o stop, nem os quilómetros. Porque à distância podemos tudo. Até cliché.

2 comentarios:

Anónimo dijo...

que giro. tá mesmo giro. até me dignei a comentar =)

Anónimo dijo...

Finalmente!