09 mayo 2007

detective privado

A cabeça é uma confusão de auto-estradas de alta velocidade que se sobrepõem e aumentam a sinistralidade. As ideias são carros económicos a turbo dísel que mudam de rumo e escolhem atalhos de terra batida.
Eu gosto de ti.
Tenho este problema. Afeiçou-me às pessoas e não as deixo sair. Infiltro-me nas rotinas, enfronho-me nos pensamentos, voo por entre as redes telefónicas e vou ficando.
Vou me deixando instalar no sofá azul e nas músicas da guitarra brilhante.
Desmaio no teu abraço e a tua barba por fazer enrosca-se nos meus cabelos despenteados. E agora somos nós.
Um nós que não existe e que não tem futuro, um nós oculto que se revela mais vezes do que gostaríamos, um nós de comunicação proibida.
Nós não existimos e eu gosto disso.
Talvez devêssemos contratar um detective privado, pode ser que ele nos descubra.

1 comentario:

Anónimo dijo...

nós*

mmmmmmmmmmmmmmmm :)