Não há estações do ano e os dias mudam ao sabor das marés (e da capacidade de ver belo no interessante).
Interessantes as pessoas que saem, fogem, encorajam e arriscam. Aquelas que deixam para trás a vida e a rotatividade do mundo para procurarem um sonho. Um sonho comum.
Diria que são sábias as pessoas que concorrem, competem que adormecem e acordam em função de uma meta: ser o melhor.
A supremacia é um extremo impalpável que nem o sentido mais apurado pode descobrir. O oculado que do alto dos seus escassos centímetros ousa desafiar em língua estrangeira os políticos nacionais. O bem parecido que só conversa com olhos azuis e que achou a apuração fácil demais, o pai de família que não sabe interromper frases e sente-se estrangeiro na cidade grande, o sumo de frutas com problemas de fígado, a estrangeira que faz perguntas vocabulares durante as aulas.
A cadeira não é confortável, o computador não é visível, a importância não é relevante. Um nome escrito em caneta azul no fim da página, uma pergunta cliché para quebrar o gelo.
Sem amigos, sem referências.
E aqui sim existe vida.
Energia em cada palavra dita, ideais em cada tinta debotada no bloco, revoltas internas com cada regra imperceptível.
Competição de sorrisos. O valor da obra é a capacidade de triunfar não obstante os obstáculos de contentamento, nem deixar-se vencer pelo “boa noite” quando na verdade deveria ser “bom dia”.
Mais um risco vermelho, e mais um risco vencido. Poderia acordar a sorrir, eu sei. Poderia acordar com preguiça, eu sei. Poderia acordar na praia, no sol, no céu azul e na casa silenciosa. Eu sei.
As escolhas são copos de leite quente que nos vão ajudando a acalmar e a finalmente adormecer.
E a sonolência passou, venham os sonhos.
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2 comentarios:
ahhh =D
já estava a ficar preocupada!
venham eles =)*
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