Já tinha errado uma vez e iria errar de novo. A prática faz a perfeição.
Mas os erros são dúbios.
Olhas, analisas, preocupas, controlas. Achas que consegues controlar.
Resistes, amassas, recusas.
Mais um passo e menos uma defesa.
Sou fronteira mascarada de limite. Quero ir até ao topo, quero fugir das minhas possibilidades, quero correr e escorregar na água gelada das nascentes.
Mas eu sou marco e sou divisa. Um dia ensinaram-me a esbate-la.
E nesse momento senti alguma coisa.
Um calafrio na ponta dos dedos, um tremor nos órgãos escondidos. Uma sensação. Era como se quisesse pensar e tudo estivesse branco. Não há montanhas, nem rios, nem frio e nem nascente. Há uma cor e o infinito.
E agora podes ser quem quiseres e dizer que a tangerina tem sabor a beijo. E podes beijar a fruta. Desalmadamente.
Mas eu já tinha errado uma vez. Eu e essa minha mania de ser perfeita.
Prevejo os erros a distâncias alucinantes. Sofro-os em quantidades industriais. Vivo-os e remexo-os. Contorço-me e sufoco-me
Mas um dia ensinaram-me a rabiscar.
E ofereceram-me uma caneta.
Quem me dera ser um pinguim.
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2 comentarios:
As minhas capacidades de interpretação só são excelentes até certo ponto...
Acho que deves riscar, rasgar as folhas onde escreves a caneta esses erros previstos à distância. Erros hoje, vitórias encantadas amanhã. Quem sabe ;)
Agora, de onde vem o pinguim... isso já não sei. Mas aposto que há alguém que sabe.
o pinguim tá no brasil :S
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