A felicidade absorve o nervoso de barulhinhos na barriga. Mas uma palavra-chave faz com que o mundo congele e, de repente, o ar torna-se denso e deixo de sentir as mãos molhadas e escorregadias. Chamem a ambulância. Preciso ser internada.
Trânsito, caos, violência.
Tenho medo. Outra vez.
Cai o escudo e sinto-me nua à frente do mundo. Com os pelos arrepiados e os cabelos embaraçados em nós eternos. Sou um molho de rosa a dois euros na feira, um golo da água quente de ontem. Sou frágil e vou partir. Sinto-o.
A perfeição salta à vista nesta terra de gente vulgar com flashes brilhantes e fosforescentes. Tudo é colorido à minha volta. Normal: os olhos vêem cores.
Mas hoje as coisas parecem diferentes. Não estou louca, estão mesmo a tocar canções de júbilo na minha cabeça.
E tudo começa outra vez.
Os sonhos atribulados durante as noites de calor transpiraste, as previsões mentais de dias perfeitos de melancolia abafada. A lágrima engolida a seco no momento em que os deuses, os carros e os mendigos parecem estar contra mim.
A sensação vai passar, eu sei.
E vai ser rápido, porque afinal, hoje é sexta-feira.
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