15 julio 2007

É Verão

O sol arde e queima as gotas de suor dos poros bronzeados. É verão.
E no verão apetece dançar no meio da rua, saltar muros e vedações, espreguiçar um sono que não acaba.
Vou fugir daqui na estrada de terra que suja o carro e salpica os pés de alcatrão.
É tão ténue a linha entre a plenitude e a tortura.
A felicidade dói fraquinho, como pingos de água que caem espaçadamente. Já chega de sofrer.
A alegria aperta a mão com força num olhar confidente, gargalha de comentário inofensivos e arrepia a pele em músicas que encaixam na história.
A areia entra nos cabelos com cambalhotas de ondas inesperadas. O sol arde e solidifica o momento numa fotografia de céu azul.
Não há óculos de sol, e os jogos de cartas têm uma nova forma.
O Verão chegou, e com ele a plenitude perfeita da cumplicidade trabalhada. Aquela que sempre existiu.
Amanheceu Inverno e, de repente, a nuvem preta trouxe consigo recordações de bolachas de chocolate. Mas comi uma fruta. Porque é verão e quando o sol bate não há espaço para calorias. (nem recordações)

1 comentario:

Anónimo dijo...

"A areia entra nos cabelos com cambalhotas de ondas inesperadas. O sol arde e solidifica o momento numa fotografia de céu azul.
Não há óculos de sol, e os jogos de cartas têm uma nova forma"

ooohhhh =,)
HAHAHAHA

(misto de comoção e gargalhadas)